Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE DA RESISTÊNCIA AO LONGO DO TEMPO DE ESTACA METÁLICA CRAVADA COM AUXÍLIO DE MARTELO VIBRATÓRIO

Resumo

O objetivo deste trabalho é verificar a variação de resistência mobilizada com o tempo em estaca metálica cravada com martelo vibratório na Baixada de Jacarepaguá. Foram estimados o ganho de resistência (fenômeno chamado de set-up) e o fator de set-up (A) (variável adimensional que representa o aumento relativo do set-up na capacidade de carga em função do logaritmo do tempo decorrido após o final da cravação) para a estaca ensaiada, por dois métodos: Skov e Denver (1988) e Bullock et al. (2005). E por fim, foram comparados os resultados à priori de estimativas de capacidade de carga por diferentes métodos semiempíricos (Dècourt-Quaresma, Pedro Paulo Costa Velloso e Alberto Rodrigues Teixeira) com o obtido pela prova de carga estática do tipo lenta (PCE).
As observações e interpretações de campo foram obtidas através de um conjunto de provas de carga instrumentadas, com ensaios de carregamento dinâmico em tempos diferentes, com energias crescentes, bem como PCE, fornecendo subsídios para comparação entre as previsões dinâmicas, ao longo do tempo, e a capacidade de carga a longo prazo. Os resultados dos ensaios mostraram aumento da capacidade de carga ao longo do tempo, confirmando a ocorrência do fenômeno de set-up, correspondente a "recuperação" em português.
No que diz respeito a capacidade de carga total da estaca estudada, o valor obtido através da interpretação da Prova de Carga Estática (610 kN), utilizado como referência, foi muito próximo ao valor obtido com base na extrapolação da curva por meio do método de Rigidez de Décourt (596 kN). Foi verificado que o método da Norma tende a ser conservativo (522 kN).
Quanto aos fatores de set-up A, os resultados mostraram uma diferença entre os métodos de Skov e Denver (0,62), que considera a contribuição do atrito lateral e ponta, e Bullock et al. (0,90) que desconsidera a ponta. O maior valor de A obtido pelo método de Bullock et al. confirma a observação feita por eles e outros autores que a capacidade de carga de ponta aumenta pouco com tempo, sendo então o aumento da resistência por atrito lateral a parcela de relevância do fenômeno de set-up. Dentre os métodos semiempíricos de estimativa de capacidade de carga, o de Pedro Paulo Costa Velloso (1981) mostrou uma convergência tanto para a capacidade de carga como para os fatores de set-up A calculados pelos dois métodos.

Palavras-chave

SOLOS MOLES, SET-UP, MARTELO VIBRATÓRIO

Arquivos

Área

05. Fundações

Categoria

GEOJOVEM (idade máxima de 35 anos)

Autores

KAORU TSUCHIYA, ALESSANDRA CONDE DE FREITAS, EDUARDO VIDAL CABRAL