Dados do Trabalho

Título

ANÁLISE TEÓRICO-EXPERIMENTAL DA ESTABILIDADE DE TALUDES EM SOLOS ARGILOSOS LATERÍTICOS

Resumo

O planejamento e a análise do solo devem sempre ser realizados, visto que a ausência destes podem resultar em consequências que englobam segurança, fatores sociais, econômicos e ambientais. Neste trabalho foi analisado um talude artificial, sem controle de compactação, na região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Em visita ao local verificou-se a ocorrência de um deslocamento vertical de aproximadamente 10 cm que resultou na separação entre a estrutura pré-fabricada e a estrutura de fundação moldada no local. Com isso, foi realizada uma sequência de verificações a partir da coleta de amostras deformadas, e a movimentação do talude durante 5 meses com Estação Total. Para uma avaliação correta da estratigrafia do solo, foi realizado o ensaio de penetração padrão (SPT) até chegar no indeformável, que se encontrou a 2,10 metros de profundidade. A partir do levantamento topográfico e do ensaio SPT foi elaborado um provável perfil do terreno e a possível explicação para o recalque de fundação. Para avaliar a estabilidade do talude foram realizadas simulações do talude pelo Método de Bishop. Foi simulada uma situação crítica com o solo saturado, outra onde se levou em consideração o efeito das fundações na estabilidade do talude e por último se simulou um muro de contenção na base do talude aliada com drenos. O estudo de caso avaliado apresentou patologias que só foram avaliadas após uma intensa movimentação do talude. Vale ressaltar que essas patologias poderiam ter sido evitadas caso o talude tivesse sido executado adequadamente. Outro ponto que ficou evidente foi que não houve um controle adequado na execução das fundações. A fundação sempre deve ser avaliada tanto pela carga vertical quanto pelo carregamento horizontal. Em camadas de espessura pequena de solo e rocha inclinada existe uma grande probabilidade de a base da estaca deslizar sobre o solo saprolítico, que está imediatamente acima da rocha sã. Um ponto muito positivo do trabalho foi o monitoramento dos deslocamentos horizontais, onde visualizou-se a tendência de estabilização com o passar do tempo. Sempre que se trabalha com estruturas de contenção, é recomendado que se tenha um sistema de drenagem eficiente. Dessa maneira foi proposto um dreno na profundidade de 2 metros, para captar o fluxo subsuperficial que pode comprometer a estabilidade do talude. Desta forma, foram apresentadas soluções para melhorar a sua estabilidade: instalação de drenos, execução de uma estrutura de arrimo na base do talude, e a plantação de gramíneas.

Palavras-chave

Estabilidade de taludes, segurança, monitoramento.

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