Dados do Trabalho
Título
ANÁLISE DA SUSCETIBILIDADE A MOVIMENTOS DE MASSA PARA AS REGIÕES METROPOLITANA, LITORAL SUL E VALE DO PARAÍBA, SÃO PAULO
Resumo
Vários são os fatores desencadeadores dos movimentos de massa e analisa-los são uma maneira de auxiliar o poder público a determinar a suscetibilidade da área e assim, tomar decisões capazes de mitigar riscos e aumentar a resiliência da população. Assim, esse trabalho teve como objetivo desenvolver cartas de suscetibilidade a movimentos de massa para a região oeste do estado de São Paulo, que compreende as regiões administrativas de São Paulo, São José dos Campos, Baixada Santista e Registro. Para isso, utilizou-se o inventário dos desastres de origem geológica, ocorridos entre 1996 a 2020, feito com base das informações contidas no banco de dados do IPMET (Instituto de Pesquisas Meteorológicas). Para o desenvolvimento das cartas de suscetibilidade considerando a geologia, o uso e ocupação e a declividade foram utilizados a carta geológica do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), o projeto MapBiomas, coleção 8, e o MDE (modelo digital de elevação) disponível no Portal do DataGeo do Sistema Ambiental Paulista. Para cada uma das cartas, foram determinadas as frequências em que os desastres ocorreram para cada classe do fator analisado. Posteriormente, as frequências foram analisadas em relação a área que cada classe do fator possui na área de estudo e o resultado normalizado. As classes geológicas classificadas como muito alta suscetibilidade foram Corpo Alcalino de Jacupiranga (composto por piroxenitos, peridotitos, nefelina sienitos, ijolitos e carbonatitos) e Formação Setuva (composto por ortognaísses e paragnaisses a biotita e/ou hornblenda e subordinadamente micaxistos a biotita e muscovita, quartzo xistos, quartzitos, anfibólio xistos, anfibolitos, talcoxistos e metaultrabasitos. Para o uso e ocupação a área urbanizada, que representa 6,51% da área de estudo, foi classificada como muito alta suscetibilidade. E para a declividade, as classes classificadas como muito alta suscetibilidade foram de 3 a 8% (classe suave ondulado), seguido da classe de 0 a 3% (Plano) e de 8 a 20% (Ondulado), totalizando 56% da área de estudo. As cartas de suscetibilidade em função dos fatores desencadeadores fornecem informações valiosas para o acompanhamento da região, como por exemplo, uma possível mudança na suscetibilidade ao alterar um fator desencadeador. Entretanto, para auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas especificas, a longo prazo, que minimizem os riscos, é necessário a análise conjunta desses fatores.
Palavras-chave
Carta de Suscetibilidade
Geologia
Uso e ocupação
Declividade
SIG
Arquivos
Área
06. Geotecnia Ambiental
Categoria
COBRAMSEG
Autores
Tamara Vieira Pascoto, Renato Macari, Anna Silvia Palcheco Peixoto