Dados do Trabalho

Título

DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA NÃO DRENADA DE REJEITOS DE MINÉRIO DE FERRO UTILIZANDO REGRESSÃO LINEAR MULTIVARIADA

Resumo

Na da geotecnia, um dos aspectos críticos a serem considerados é a capacidade de um material de suportar cargas abruptas, sem expulsar a água contida em seus poros, um atributo conhecido como resistência não drenada. Esse aspecto se torna crucial em projetos de grande magnitude, como a construção de barragens e a gestão de pilhas de rejeitos. Para avaliar tal característica, muitos profissionais recorrem ao ensaio de palheta, uma prática endossada pelas pesquisas de Schnaid e Odrebecht (2012). No entanto, essa abordagem, por si só, pode não ser suficiente, uma vez que requer uma análise aprofundada do perfil do solo e seu grau de saturação. Para aprimorar a precisão dos resultados, muitos profissionais combinam as informações do ensaio de palheta com os dados do CPTu, proporcionando uma visão mais abrangente do perfil do subsolo. Contudo, é importante destacar que as análises baseadas no CPTu, normalmente ajustadas para solos naturais, podem não ser as mais adequadas para materiais processados, como é o caso dos rejeitos de mineração.
Diante dessa complexidade, o presente estudo desenvolveu um modelo para a determinação da resistência não drenada dos rejeitos de minério de ferro. Isso foi realizado utilizando um banco de dados composto por 93 observações provenientes de quatro locais distintos do Quadrilátero Ferrífero. O banco de dados foi dividido em 90% das amostras para treinamento e 10% para teste, no qual foi desenvolvido um modelo de regressão linear multivariada. Com uma validação cruzada K-Fold com k igual a 9, o modelo exibiu um R2 de 0,75, MAE de 32,93 e RMSE de 32,93. Em comparação, a equação de Nkt de Robertson (2012) produziu R2 de 0,69, MAE de 115,29 e RMSE de 190,91, enquanto a de Mayne e Peuchen (2022) obteve R2 de 0,79, MAE de 61,04 e RMSE de 98,26. O modelo de regressão linear multivariada proposto apresentou um ajuste superior e maior precisão em comparação com os resultados obtidos pela equação de Robertson (2012). Quando comparado aos resultados obtidos pela equação de Mayne e Peuchen (2022), apesar do R2 ligeiramente menor, o modelo de regressão linear multivariada apresentou métricas de erro (MAE e RMSE) consideravelmente mais baixas, sinalizando uma maior precisão.

Palavras-chave

Resistência não drenada; Rejeito de Minério de Ferro; Regressão Linear Multivariada.

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