Dados do Trabalho

Título

RETROANÁLISE DE RUPTURA DE CONTENÇÃO TIPO CORTINA EM MINERADORA DA REGIÃO SUDOESTE DO ESTADO DO TOCANTINS

Resumo

A região sudoeste do Tocantins, em particular nos arredores da cidade de Natividade, abriga diversas empresas de mineração, uma vez que a região e contemplada por uma litologia que oferece a possibilidade de extração de pedras preciosas ao simples calcário para a utilização como insumo agrícola.
Em se tratando das plantas de mineração destinado a produção de calcário, essas são robustas e adaptadas para a produção em larga escala deste insumo, uma vez que o comercio estadual e interestadual requer elevadas demanda para a aplicação na agricultura.
As plantas de produção geralmente são formadas por dois ou até quatro britadores e moinhos para o beneficiamento da rocha. E algo comum a existência de estruturas civis precárias e sem plano de manutenção, desde de bases de britadores e estruturas de contenções de rochas e material britado.
As contenções empregadas no sistema de alimentação de moinhos em sua maioria são cortinas em concreto armado dotadas de contrafortes, as quais variam de 3 a 6 m de altura. E rotineiro nas plantas o não dimensionamento destes dispositivos, sendo os mesmos concebidos de forma artesanal pelos próprios operários.
Visto esse cenário e comum a ocorrência de acidentes, principalmente aqueles caracterizado pelo tombamento e colapso desse tipo de paramento. A contenção referente ao estudo de caso era do tipo muro por flexão em concreto armado dotada de contrafortes com comprimento de 20,00 m, altura de 5,50 m e espessura média de 20 cm. A ruptura ocorreu num domingo após um período de chuvas intensas na região. Uma das características importante, a qual pode auxiliar na explicação do fenômeno e que a contenção não possuía nenhum sistema de drenagem, acreditando assim que a não existência do dispositivo de drenagem tenha deflagrado o processo de ruptura.
Modelou-se duas secções de muro a flexão: a primeira com as dimensões observadas em campo, com verificação dos fatores de segurança e demais condicionantes, e posteriormente a modelagem visando o atendimento as verificações necessárias para estruturas de arrimo, partindo assim das dimensões mínimas. Na retro análise foi determinado que a concepção estrutural em virtude da espessura do muro e sua base não atende os requisitos mínimos estabelecidos pelas normas NBR 6118 e NBR 6122, onde a estrutura não possui desempenho para estar atuando na flexão composta. No segundo o muro a flexão atende as verificações realizadas, no que tange a estabilidade aos esforços de tombamento, deslizamento e capacidade estrutural.

Palavras-chave

Estrutura de Contenção, Retro análise, Ruptura, Dimensionamento

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