Dados do Trabalho


Título

DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA DINÂMICA EM PROVAS DE CARGA ESTÁTICA ATRAVÉS DE RESULTADOS DE ENSAIOS DINÂMICOS

Resumo

Murakami (2024a) propõe uma abordagem para estimar resistências dinâmicas em provas de carga estática (PCE), especialmente nas mistas.

Na prova de carga dinâmica (PCD), o golpe apresenta curta duração (cerca de 50ms) e neste intervalo de tempo devem ocorrer resistência estática (RMX) e resistência dinâmica (Rd). Os Métodos CAPWAP e Case consideram resistência dinâmica sempre que a estaca se desloca, como indicado por Murakami (2024b, 2024c), que destaca a relação crescente entre Rd/RMX em função da máxima velocidade do topo da estaca (VMX).

Murakami (2024a) propõe usar resultados do ensaio dinâmico para estimar Rd na PCE: a) aplicando a equação da reta da 1ª condição de contorno de Murakami (2015), onde se plota o valor de Rd em função de VMX para cada golpe de energia crescente; b) calculando a velocidade do topo da estaca na PCE (VMX) a partir dos deslocamentos e do tempo entre leituras; c) com os valores de VMX, calcula-se a resistência dinâmica na PCE.

Neste contexto, propõe-se aplicar em um caso de obra os conceitos apresentados por Murakami (2024ª, 2024b, 2024c) apresentando o cálculo da resistência dinâmica na prova de carga estática em casos de obra em que foram realizados também ensaios de carregamento dinâmico.

Observou-se que a resistência dinâmica na PCE atinge um pico no início da aplicação da carga, dissipando-se com a estabilização dos deslocamentos. A carga na PCE só é verdadeiramente estática quando a diferença entre leituras consecutivas é nula. A influência da resistência dinâmica (Rd) na PCE lenta é menor devido ao critério de estabilização de recalques. Em grandes deslocamentos (maior que 10% do diâmetro), a tentativa de aplicar pressão hidráulica pode gerar picos de resistência seguidos de quedas abruptas devido à redução de Rd, causando uma “confusão” de que a estaca rompeu. No caso analisado, os valores de Rd na PCE foram cerca de 10^4 vezes menores que na PCD, enquanto as velocidades foram 10^5 vezes menores. Essa diferença significativa na velocidade, diretamente proporcional à Rd (Murakami, 2024a), explica a menor resistência dinâmica na PCE. O grande deslocamento observado (17,6% do diâmetro) pode ter gerado velocidades instantâneas de 1 mm/s ou mais, resultando em uma Rd 10^3 vezes menor que na PCD.

Palavras-chave

resistência dinâmica, prova de carga estática, prova de carga dinâmica, estaca hélice contínua

Arquivos

Área

05. Fundações

Categoria

COBRAMSEG

Autores

Daniel Kina Murakami, Fabian Corgnier