Dados do Trabalho
Título
FUNDAÇÕES EM SUBSOLO ROCHOSO: COMPARAÇÃO ENTRE FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS E PROFUNDAS
Resumo
As fundações estão presentes em todas as obras de construção civil e implantadas nos mais diversos perfis geológico-geotécnicos, mostrando-se como uma etapa de fundamental importância para o desenvolvimento das edificações. Cidades como Campina Grande na Paraíba apresentam solos rasos, em média 1 metro e afloramentos rochosos, e em se tratando do contexto de expansão urbana e verticalização das edificações cidades desse porte podem demandar novas abordagens em termos de fundações Neste sentido, o presente estudo objetivou dimensionar e comparar soluções em fundações superficiais e profundas em subsolo rochoso da cidade de Campina Grande-PB, buscando apresentar as estacas embutidas em rocha como uma alternativa não convencional. O dimensionamento considerou que a fundação em questão recebe carregamento de 835,01 tf, provenientes de um pilar retangular (0,3 por 2,18 metros). Resultados de designação qualitativa da rocha (RQD), obtidos por ensaio de sondagem rotativa, serviram de base para o cálculo da capacidade de carga e dimensionamento das fundações assentes em rocha. Para dimensionamento da fundação superficial, que foi definida como sapata, foram utilizados os métodos de Wyllie (1999) e da Norma Portuguesa (EN 1997-1, 2010). Para o cálculo da capacidade de carga e dimensionamento da fundação profunda, definida como estaca raiz, foram adotados os métodos de Cabral e Antunes (2000), Horvath e Kenney (1979) e Reese e O’Neill (1999). Em relação à fundação superficial, adotou-se o resultado obtido pelo método de Wyllie (1999), que se mostrou mais conservador, apresentando dimensões cerca de 3 vezes maiores que o método da Norma Portuguesa (EN 1997-1, 2010). Por tanto, a sapata foi dimensionada com dimensões de 2,95 m x 2,50 m. Em relação à fundação profunda, o método de Reese e O’Neill (1999) foi escolhido como sendo o melhor procedimento por levar em consideração o RQD do subsolo em questão e apresentar-se como sendo um processo mais conservador. Assim, foram definidas 3 estacas raiz de 400 mm de diâmetro e 4 m de comprimento como a fundação profunda. Em seguida, por meio de comparação orçamentária entre os métodos, notou-se que, para a problemática apresentada, as fundações profundas são consideravelmente mais onerosas que as fundações superficiais. Contudo, para termos estruturais e geotécnicos, ambas as fundações são praticáveis. Logo, para o subsolo da cidade de Campina Grande-PB, torna-se mais viável, normalmente, a utilização de sapatas superficiais.
Palavras-chave
Sapatas, Estaca Raiz, RQD.
Arquivos
Área
15. Fundações, Escavações e Taludes em Rocha
Autores
Carina Silvani, Alisson Do Nascimento Lima , Vitor Braga de Azevedo, Renan Carlos de Melo Nascimento , VICTOR EMMANUEL AVELINO GOMES BAHIA